domingo, 10 de março de 2013

O perdão.

De uma certa maneira, a busca nunca tem fim. A mente sempre está lá, bem disposta, bem receptiva para querer algo mais e criar algum novo objetivo, alguma nova meta. Cria em si mesma a armadilha bem humorada e sorridente. Sorri para o mundo todo, como quem só tivesse o sorriso. Nunca tem fim...Tudo nunca tem fim então não existe a finalidade para as coisas.

A criação por si é um misterio! E como poderia ser mais misterioso, algo que escrevemos um milhão de paginas sobre o assunto que simplesmente acontece...Acontece com pessoas, acontece com objetos...Eles não dependeram de um bilhão de letras para existe e fazer oque elas fazem naturalmente.
O ego, protege. A saliva,digere. A musica, vibra. O passado, passa.
Cada unicidade , permenacendo em si mesma independente do seu julgamento .
Aquele cara que você julga ser um pessimo namorado ou diz que é um saco estar perto, continuara sendo ele mesmo, bonito, feio...Com defeitos ou não! E ele é desse jeito porque esse é o unico jeito que ele sabe de se expressar...É esse a unica maneira que ele tem de crescer...Então não seja tão dura com si mesmo, e não cobre isso dos outros.
As vezes você tem uma expectativa grande de si mesmo, se cobra sempre ser melhor...Mas isso não quer dizer que eu não possa ser um desorganizado que evolue de maneira a nunca se cobrar de ser nada! E se eu quiser ser nada? Posso ajudar ao universo inteiro sendo apenas eu mesmo! E você é! Você também pode ser, e deixar que sejam juntos , todo o resto !

A sua beleza, não existe dentro de seus potes de perfume, nem de seus pinceis de esmalte.
Sua graça não está no batom dos labios mas sim na sinceridade do sorriso...Na energia radiante que sai de seu coração, passa por sua garganta e sai de sua boca ! As vezes, só de respirar em silencio já causa uma total comoção em todo o ambiente.
Mas não percebe que é tão especial...Afinal, porque ninguem ve que todos são especiais? Que cada um tem sua maneira de ver as coisas de um jeito tão unico...Tão proprio! Impossivel existir melhora ! Já somos o melhor que podemos! E isso basta... Até quando você quer ser você? Será que não seria...Divertido apenas...Ser. Sem você, sem eu...Sem nós...Sem eles...Apenas...

sábado, 15 de dezembro de 2012

E então, solta o coração...

Solta aquela lágrima. Aquela que eu mesmo acreditei que não existia mais. Aquela lágrima de aceitação.

A lágrima da mudança, da limpeza. É então que consigo ser radiante, consigo ser eu mesmo, sentido toda aquela deliciosa tristeza que foi guardada em um embrulho lindo, cheio de dentes. E tem horas que o rio transborda, quando a chuva é muita.

Então volta o ciclo. Eu lembro claramente de ouvir a mesma música a 4 anos atrás e sentindo esta mesma sensação, esta mesma tristeza...Essa mesma perda.

Não houveram mudanças significativas, apenas lições repetidas. E digo de novo, quem leu a 4 anos atrás esse blog percebe que meu humor ainda é o mesmo. Aquela monstruosa demonstração de uma coisa que me corroe por dentro, sempre causado por que eu não sou bom em demonstrar meus sentimentos. Sou frio e agressivo, impulsivo. Uma criança. E não é a toa de que quando eu tirei minha barba eu vi essa criança...No rosto, no olhar, e nas ações.
Acho que uma criança não seria o melhor para falar sobre mim, seria mais...Infantil. Sofrendo de apego emocional, querendo as coisas do jeito dele. Sendo exatamente o oposto do que todos os grandes felizes dizem.

As vezes penso se isso não é uma maneira de eu ser a vitima.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Fim do ciclo

É então que me encontro no fim de um ciclo. Onde todas as minhas dores, todas as minhas frustrações, todas as minhas incompatibilidades com o mundo se iluminam diante de meus olhos. Fica então tudo claro, branco como a Lua, cristalino como a água.

De que adianta renunciar do mundo material, das coisas mundanas, se isolar no meio da floresta, viver em renuncia das cidades, obtuso á tudo?
A verdadeira renuncia é a auto-renuncia. Quando se renuncia a si mesmo, em prol dos demais.
Enxerguei finalmente minha propria nobreza. O sacrificio pessoal de estar aonde não quer, do jeito que não quer. Entendi minhas Ilusões.

Vi o mundo perfeito, vivo. A utopia realizada, funcional.

Mas de que adianta viver essa utopia se ela é a minha vontade? De que adianta vivenciar o meu desejo? E desde quando é ele o mais importante?

Há aquele algo a mais, que transcende a nós todos, nossos desejos, nossas aspirações. O sol existe em prol dos planetas, em prol do universo. Em que universo eu deveria existir em prol de mim mesmo? Desde quando algo se criou para se auto-satisfazer?

Finalizado então o ciclo, o ciclo biologico perfeito! É quando o macaco vai da natureza a cidade, e volta da cidade para a natureza.
Quando o sadhu vai da cidade á renuncia, e volta á cidade renunciado, para a cidade.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nenhum sacríficio é vão.

Voltando para casa em um dia bem quente, eu achei uma colmeia de vespas aberta , como se a tivessem acertado com uma vassoura. Eu vi, e decidi então levar para cara, afinal tinham algumas larvas e um pouco de algo que seria o mel delas.

Levei para casa! Deixei na janela de um jeito que não pegasse sol e fiquei esperando pelas larvas se transformarem. Durou uma semana , até mais se duvidar, para que duas delas começassem a querer sair, buscar o mundo. Eu achei demais! Estava olhando a maravilha do nascimento de uma alma livre, pronta para voar! Mas então cai em um dilema : Ajudar ou não! Então decidi perguntar a minha avó, que já foi mãe 4 vezes e ajudou a cuidar de mim quando era recem-nascido. Perguntei como uma metafora a veradeira situação, perguntei se ela visse uma borboleta querendo sair do casulo, oque ela faria, se ajudaria a ela a sair ou deixaria a borboleta sair por conta propria.

E então ela respondeu que ajudaria a sair com cuidado. Foi aí então que se revelou a atitude extremamente protetora dela, que não deixaria seus filhos sairem por conta propria de seus casulos.
Fazer essa pergunta para ela fez com que ficasse duvidosa de mim, e até acusou de estar testando ela, que a pergunta que eu fiz era para ver algo sobre ela. Na verdade não era, era simples e puramente a verdade do que estava acontecendo para ver oque deveria eu fazer e como estava sem saber, fiz exatamente oque ela disse que faria.

Mas meu não percebi, por ser ingenuo, que eu estava na realidade matando a principal força que elevaria a vespa ás alturas e a ser livre: Sua força de vontade. Sua vontade de sair dali e de viver a vida, de ver o mundo. Ajudei as duas vespas a sairem ainda incompletas de seus casulos, causando então a morte das duas. Uma morte que nem sequer chegou a viver direito.

Foi então quando entendi diversas coisas no mundo e na natureza! Entendi que foram elas que escolheram estar comigo, para serem minhas professoras! Duas vespas menores que meu dente decidiram me ensinar como a vida é de verdade, que não se pode ter controle sobre nada. Que é melhor deixar a borboleta sozinha sair do casulo do que tirar o casulo dela. É mais belo dizer que ela é linda em toda a sua expressão, em seu vôo, do que ficar ancioso para vê-la voar logo.

Foi ai então que a natureza virou minha professora. Desde então nunca mais consegui reclamar com nenhum pernilongo, com nenhuma mosca.
Entendi então ,finalmente, o sacrificio de Jesus, o Cristo. Ele não fez isso para nos livrar do pecado, ou nada do genero. Ele fez para ensinar que a vida não se pode ser controlada, e ele aceitou que controlassem a vida dele. E ensinou que a morte não é grande coisa.

A morte é apenas o começo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Além do canto dos pássaros.

Minha missão é essa, verdadeiramente. Unir os laços da Severidade com a Misericordia. Juntar o animal ao Divino, expandir a cor rosa e dourada por todos os lugares, por todas as vidas que passam na minha, e nunca esperar nada em troca. Não desejar que oque eu sinto pelas pessoas, por todas elas, venha de volta  a mim. Pois toda vez que eu aguardo , não consigo ter de volta...Eu crio a expectative de cada o objeto amado vai me amar da mesma maneira que eu, com a mesma potencia, com a mesma suavidade, sem precisar falar muito apenas demonstrar...Mas eu me engano sempre! Ninguém consegue amar como eu, apenas eu amo desse jeito e mais ninguém no mundo está apto a entender.

Finalmente me vejo literalmente sozinho. Já não consigo expor minhas ideias, expor meus sentimentos, e pelo que parece eu estou cada vez mais querendo essa solidão. Não é algo ruim, eu gosto , por mim ficaria só o tempo inteiro, de preferencia em um lugar que não tivesse mais nada além dos cantos dos passaros , do farfalhar das árvores e de alguns pequenos animais para olhar e dizer que eu os amo.

Já experimentei muita rejeição nessa vida e você não faz idéia do quanto. Desde a minha infancia fui incompreendido, nunca tive aprovação externa.  E eu era tão esperto, tão sábio! Já entendia como funcionavam as coisas, já havia entendido que eu controlava o meu redor com a força do meu pensamento. Mas eu na epoca achava que viria de fora o amor...Mas eu descobri que eu tenho tanto, mas tanto amor para dar...Tenho na realidade uma fonte infitina de amor e carinho, que posso distribuir a vontade e ainda sobra pra eu me amar do jeito que eu sou. Coisa que acredito que minha antiga namorada não compreendia e sofreu com isso, acho que era por isso que ela ficava enciumada demais, ela devia perceber meu amor pelos outros e achava que não era digna, por insegurança. Hoje ela encontrou algo mais confortavel para seus sentimentos e mais simples de ser entendido.

Mas eu ainda sonho com ela...

domingo, 26 de agosto de 2012

Estar de acordo...

Sempre fui sincero com algumas coisas e uma delas é que eu gosto das coisas como são. Vou exemplificar porque é o exato motivo pelo qual eu me senti impelido a expor. A maquiagem.
Eu sempre gostei das minhas namoradas sem maquiagem, achava elas mais bonitas...Mais elas mesmas! A maquiagem dava um ar de ser mais velha, um ar até elegante para as duas meninas. Mas eu gostava delas com a cara que elas nasceram, limpas, cheia de perfeição, sem algo preto pra realçar os olhos, até porque, os olhos delas não precisavam hora nenhuma de ser realçados...Eram bonitos por si só, de todas as duas. Cheios de um brilho singular e de uma profundidade que eu não consigo explicar, elas entraram profundamente no meu ser e me conheceram como jamais deixei alguém conhecer.

Todas as duas adoravam usar maquiagem, não saiam de casa sem de maneira nenhuma. Por quê? Eu sei, e elas nunca gostaram muito que eu soubesse. Oque fez com que a corda se rompesse no lado mais fraco.

Eu percebi como gosto de meninas naturais quando, depois de muito tempo que eu adicionei uma certa garota, que eu já achava estonteamente linda, e ela postou uma foto de cara nua.

Eu me senti apaixonado! Um rosto delicado,de menina mesmo, sem sensualidade desnecessaria, sem parecer algo que ela não é, sem querer atrair atenção. E foi isso que me chamou mais atenção ainda! O sorrio dos labios sem um pingo de tinta...Os olhos sem cobertura. Toda aquela beleza era tão divina que me fez pensar sobre estar de acordo com oque é, da maneira que veio ao mundo, sem modificar.

Já se é perfeito apenas por ser.
E é o suficiente, ser.

domingo, 15 de julho de 2012

A lição do treino arduo.

Eu, em toda a minha infinita arrogancia, acreditei que eu era o melhor! Algo dentro de mim presumiu que eu seria o melhor de todos, afinal, eu treinei arduamente, evolui bastante...Achei que só isso seria o suficiente. Achei que isso me fazia melhor do que outros.
Foi então, que ele, como um vitorioso, entrou na arena. Eu já havia o visto antes, no vestiaria e havia trocado alguma palavras - percebi que era de uma Luz muito especial.
Ao entrar na arena ele estava pleno de si, dando o melhor que ele tinha a oferecer e era nitido que ele entrou para vencer. E venceu.
Venceu não por ter treinado arduamente, não por evoluido, não por ter presumido que foi para ganhar. Venceu por ter sido humilde em lutar apenas com oque ele tinha e nada mais, lição essa que aprendi com lágrimas nos olhos.
Em seu rosto eu vi a determinação, por mais que eu acreditei que seus movimentos não eram bons o suficiente. Em suas pernas eu vi uma firmeza e uma postura que olhos comuns não viram.
Foi então derrotado por todos os outros a quem ele estava competindo, mas ninguém percebeu que ele não estava na competição, e por isso já era o verdadeiro campeão.
E eu lá, vi, com grande ternura nos olhos do coração aquele rapaz alto, peculiar , se apresentando. Na hora me emocionei e até segurei algumas lágrimas...Mas de felicidade, de muita felicidade! De ver alguem integro consigo mesmo! Alguem cheio de si mesmo para doar.

E eu que acreditava ser de ouro, era de bronze. Que acreditei ser o primeiro, era o ultimo. Que treinei arduamente , incessantemente meu corpo para lutar e vencer, esqueci do mais imporante : coração.
Mas se eu não tivesse tão treinado tão arduo treino, não teria visto a perfeição que foi aquele momento de poucos segundos : A entrada triunfante, a demonstração exuberante e a lição iluminada que aquele rapaz me mostrou.

Na hora pensei em dar uma medalha a ele, pois ele merecia muito mais do que eu jamais mereci! Ele merecia a medalha que haviam erroneamente dado a mim. E por achar que não poderia fazer uma caridade, roubei-a para mim.

Aprendi a ser humilde com ele, aprend a ser integro com ele, me inspirei com toda a sua maravilhosa existencia!

Por me achar o primeiro, fui o último. Por estar tão cheio de si, me perdi. E por achar que a esperança havia se esvaido, a Luz encontrou meu ser.

Mas me arrependo por ter uma medalha que a mim não pertencia, me arrependo de não ter agido na hora, talvez eu nunca mais tenha a oportunidade de dar a ele oque ele merecia.
Mas se isso houvesse acontecido, será estaria eu hoje ,aqui, agora, inspirado o suficiente para escrever tão sinceras palavras?